sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Todos lá chegaremos!

Se há coisa que é certa, para todos, pelo menos segundo a experiência humana até à presente data, é a morte.
É curioso como nos esquecemos dela e ela está sempre tão próxima.
Se nos lembrássemos del a e da forma como pode, num segundo, atingir-nos ou atingir os que nos são próximos, quantas coisas não faríamos de forma diferente?
Vem isto a propósito de dois pensamentos que me ocorreram durante o enterro de um familiar próximo (do qual sou, inclusivamente homónimo - em nome próprio e apelidos).
A certa altura da Missa de corpo presente, pude ver um neto do meu familiar acabado de morrer, neto com cerca de 6 anos de idade, durante a música cantada em acção de graças, a dançar ingenuamente, rodopiando sobre si próprio. Foi comovente ver a forma como, semi-percebendo o que se estava a passar, dançava brincando, mas sem fazer barulho. Via-se que estava afectado pela situação do seu avô, mas que, da sua tenra juventude, surgia um impulso de vida que o fazia dançar, e não chorar, como aos adultos.
Por outro lado, chegados ao cemitério, e como o meu familiar morto tinha sido militar, o exército organizou um salva de tiros. Foi um momento em que apreciei a importância de algumas "instituições" e o conforto que a sua organização, a sua história e a forma como honram os que as servem, podem dar aos que veem partir os que amam. Pensei que um bom serviço militar, organizado e eficiente, pode fazer bem a muita juventude que passa os dias a jogar playstation ou a ver telenovelas baratas.

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