segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Aborto: estudo demonstra o que se intuía empiricamente

No Cachimbo aparece este excelente e atento post do Jorge Ribeirinho Machado.

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Fergusson et al. escrevem, no British Journal of Psychiatry, um artigo intitulado "Abortion and mental health disorders: evidence from a 30-year longitudinal study".

Desde há muitos anos que os pró-vida argumentam que o aborto pode originar mais problemas psíquicos do que o não-aborto. Em concreto, através do chamado "síndrome pós-aborto", que era negado pelos outros. Ora bem, os autores demonstram que o aborto aumenta o risco para a saúde psíquica da mulher, de uma forma modesta mas clara. E que dar à luz, independentemente de que o filho seja ou não desejado, não faz variar o risco de a mulhar sofrer transtornos psíquicos.
O mais relevante deste estudo é que pode ter (bom, já sei que não vai ter, mas devia!) implicações jurídicas, em especial nos países em que a grande maioria dos abortos é feita com a justificação de aumentar o risco de transtornos psíquicos na mulher grávida.

Publicada por Jorge Ribeirinho Machado em 3:12 PM
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Prova-se cientificamente aquilo que já se sabia de experiência.
Quem tenha lidado com pessoas que pensaram em abortar e não o fizeram, facilmente verifica que, em muitíssimos casos, o filho que inicialmente se via como um problema inultrapassável, se transforma, depois de nascer, numa "razão de vida". E quem tenha lidado com mulheres que abortaram, sabe que esse drama não é esquecido, essa vida não é esquecida e tortura a mãe, independentemente das condições assépticas em que a morte do bebé se dá.

Um dia a sociedade vai dar-se conta da monstruosidade do aborto e vai perguntar-se como é que esta geração, pseudo-humanista, o permitiu e o fomentou, em vez de fomentar políticas de vida e de inclusão de todos, mesmo dos não nascidos.

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